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1 vez Finnchel Fanfiction *-* Capitulo 9

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Tatiele

Tatiele
Moderador
Moderador

Rachel estava fazendo de novo. Finn deu um salto involuntário na cadeira atraindo todos os olhos para ele. O garoto sorriu sem graça. Rachel era insana. Rachel estava perdendo os limites. Rachel não teria o couro arrancado caso fossem pegos no ato, ele teria a pele escalpelada por Leroy Berry no maior estilo "Silêncio dos Inocentes". Mas Finn era um fraco. Finn estava de alma e corpo rendido para a morena ao seu lado com pouco mais de 1 metro e cinqüenta centímetros. Como ela – naquele tamanho - poderia exercer tanto poder num garoto enorme como ele? Finn não sabia.

E ela? Rachel era maliciosamente cínica. Ela permanecia sorridente e conversava animada com todos na mesa. Ninguém parecia perceber a ausência de uma de suas mãos ali, o prato estava vazio, o copo de suco pela metade e a sobremesa sendo posta por Hiram naquele exato momento. Uma vez que os Berry não puderam comparecer ao jantar de noivado, o casal gay resolveu celebrar os noivos oferecendo um em sua residência cerca de duas semanas e meia depois. A menina riu com um trocadilho infame que Leroy deixou escapar e puxou o seu corpo de suco para junto de sua boca. Olhou de esguelha para o namorado com uma certa obscuridade escondida em seus olhos. Finn estava aleatório, às vezes formava um sorriso saliente nos lábios, às vezes fechava os olhos por milésimos de segundo... E a respiração estava ficando acelerada. Hiram agora passava em sentido horário pela mesa recolhendo os pratos e depositando os menores para a sobremesa. Prontamente, a menina recolheu a mão deixando-a visível sobre a perna do garoto.

Hiram nem ao menos desconfiou. E ela sorriu por dentro. Quando o perigo passou, Rachel tornou a traçar os seus dedos por cima da rigidez da calça jeans dele. Ela o viu se agarrar lateralmente na cadeira para não saltar involuntariamente de novo. Quando sentiu que os dedos dela agora trabalhavam no botão e no zíper, ele decidiu que ela já estava indo longe demais e com relutância afastou a mão dela. Ela não insistiu e se levantou querendo ela mesma servi-lo com o mousse de maracujá feito por ela. O garoto relaxou e sorriu de bom grado com a gentileza dela de servi-lo.

Pobre rapaz. Nem tinha noção do que o aguardaria nos instantes seguintes. Ela tornou ao seu lugar e muito, muito discretamente provocou o namorado de maneira delirante a cada colherada/lambida que dava na colher com a sobremesa. Rachel tinha ficado plenamente satisfeita ao saber que causava um efeito e tanto no jovem atleta quando descobriu o seu problema de ejaculação precoce, e desde então usava e abusava de cada mísera oportunidade para provocá-lo. E ela sabia que ele ainda estava excitado diante das carícias oferecidas por ela minutos atrás. Finn era fraco. Finn era um boneco em suas mãos, no bom sentido. E bingo! A estrela do New Directions mordeu o lábio inferior após lamber lentamente a colher de metal na frente dele. O olhar. Finn gritava com o olhar e a mão abandonou a colher e fez o seu caminho de volta.

Controle-se, ele pensou nas palavras dela. A parte "prática" do plano elaborado por ela já estava surtando efeito. Finn já conseguia se manter por mais alguns segundos antes de ejacular por completo.

Uma semana e meia atrás.

Era para ser uma reunião de comemoração após vencerem as Seletivas de novo. O clima de "reunião" não durou muito e logo o porão e também quarto de Finn e Kurt se transformou praticamente numa balada. Música alta, todos dançando, cantando, Puck assaltando a adega dos Hummel e oferecendo Vodka para todos. Tanto Carole quanto Burt estavam em casa, mas não ligaram muito para a zona no andar inferior e deixaram os adolescentes a vontade.

Finn resistiu muito a vontade de não beber, fazia um bom tempo que ele não freqüentava uma festa do Time ou das Cheerios. A garrafa de Vodka passou de boca em boca com Puck liderando o coro de "vira! Vira! Vira!" com o restante dos Glee Boys. Até mesmo Kurt deixou de lado todo o seu glam e se permitiu liberar um pouco. Tomou um gole profundo da bebida e urrou ao sentir a queimação descer pela sua garganta. O Glee Club explodiu com palmas e gritos. Finn e Rachel permaneceram no refrigerante.

Fizeram uma roda, cantaram algumas músicas de improviso com Puck liderando o grupo no violão. Refizeram algumas, como "Don't Stop Believing" e até arriscaram refazer "Push It", mas a risada foi geral ao tentarem reproduzir a coreografia. A música diminuiu um pouco, Mike, Artie e Puck se isolaram num canto conversando. Santana e Brittany davam risadas escandalosas esparramadas no puf laranja de Kurt. Mercedes, Quinn , Tina e o próprio Kurt estavam deitados na cama do rapaz, um por cima do outro enquanto falavam besteiras aleatórias. E Rachel estava sentada na cama do namorado, com as costas apoiadas na parede enquanto ele descansava a cabeça em seu colo. Pareciam perdidos um no olhar do outro.

Sussurraram meia dúzia de palavras e trocaram risadas antes dele se levantar não resistindo mais a vontade de beijá-la. Rachel não fez cerimônias e logo entreabriu os lábios deixando que a língua dele fizesse o que bem entendesse com a dela. As mãos dela logo correram para os cabelos negros do rapaz o puxando para mais perto na tentativa de aprofundar o beijo. Tanto ela quanto ele sabia no que isso iria dar, e era só uma questão de tempo até que um dos dois começassem a arfar um sobre o outro.

Inverteram de posição. Ele se recostou na parede trazendo Rachel consigo e a colocando em seu colo. A menina apoiou as pernas lateralmente aos joelhos dele e cedeu o seu peso sobre ele. Aproveitando toda a movimentação dela, o garoto puxou a colcha, que antes de toda a farra começar estava perfeitamente arrumada em sua cama, e passou por cima da cintura de Rachel e dele, dando assim mais privacidade aos dois e evitando que a saia dela ficasse exposta para os rapazes e as suas mentes sujas.

Sentir Rachel – de saia - ceder o seu peso sobre ele, sentir o tecido fino da calcinha dela ceder sobre ele, justamente sobre 'ele' Fez Finn rolar os olhos e reprimir o som gutural que queria escapar de sua boca. Ele realmente ainda não estava nada satisfeito ao ter que contar a ela sobre o seu problema de ejaculação precoce, mas aquele dia também lhe trouxe resultados positivos. Os amassos agora eram mais ousados e sem pudor. E a cada sessão, Rachel se tornava ainda mais luxuriosa. Mais devassa. Finn testemunhava a própria namorada se elevar num nível de desejo ainda maior. Aos poucos ele foi memorizando partes do corpo dela que ela mais gostava de ser acariciada, o modo como gostava, o ritmo. As coisas tinham ganhando certa liberdade, mas ainda permaneciam no tato, descobriam o corpo um do outro através do toque, dos dedos. Tirando a parte mais sensível dela, a mesma parte que pressionava o seu membro durante o beijo, Rachel tinha uma extrema sensibilidade nos lábios. E os sugou com vontade contra os seus antes de descer os dentes em direção ao lábio inferior e puxar de leve numa mordida erótica.

- Huummm... – ela murmurou em pura tortura por não liberar um verdadeiro gemido de prazer. Finn continuou e dessa vez usou a força de sua língua juntamente com os dentes inferiores para prender novamente o lábio dela. – Hummm... Finn! – murmurou de novo largando os cabelos dele e elevando as mãos na parede interrompendo o ato. Mantinha os olhos cerrados e era visível que tentava se recompor.

Ela voltou a se aproximar dele, colaram as testas e ela finalmente abriu os olhos. Estavam escuros e maliciosos. Ela umedeceu os lábios passando a língua vagarosamente sobre eles, deixando um Finn vidrado com a visão. Rachel deixou escapar mais um murmúrio ao sentir a repentina rigidez debaixo dela. Deus, só ela sabia do quanto estava excitada naquele momento. Tomado por instinto, ele passou os seus braços ao redor dela e a pressionou com força para baixo enquanto ergueu o próprio quadril querendo mais contato com a parte coberta somente pelo tecido da calcinha. Grudou nos lábios dele de maneira violenta lutando contra a vontade de gemer alto dessa vez.

Já chega. Já estava na hora dele sofrer um pouco. Já estava na hora de passar para a parte prática – se bem que ela a tinha planejado para o dia seguinte, durante a tarde quando os seus pais estão fora, trabalhando. E devido às circunstâncias, resolveu adiantar. –, uma vez que a parte teórica não estava adiantando muita coisa no problema do namorado. Chegou à conclusão que Finn sofria por ansiedade mesmo. Ele quebrou o beijo procurando reabastecer os pulmões com oxigênio, ofegava tanto quanto ela. Finn teve vontade de repetir o movimento, mas diante da reação intensa dela, mais uma investida daquela e Rachel gritaria. Segurou o instinto do se corpo de ir contra o dela de novo e repousou as mãos na cintura dela por debaixo da colcha grossa.

A garota se via novamente com as pequenas mãos apoiadas na parede logo atrás dele tentando se recuperar. Isso não diminuiu em nada o seu nível de excitação, Rachel ainda sentia a rigidez entre as suas pernas e a sua vontade de roçar nele até causar uma fricção maravilhosa para ambos, mas ela se segurou. Tentou se manter inerte em cima do namorado. Largou o apoio da parede e ocupou o rosto do Finn entre os seus dedos erguendo-o até que seus olhares se encontrassem de novo. O jovem sustentava um sorriso presunçoso como se estivesse sentindo o rei da situação – o que não deixava de ser um pouco verdade, até o presente momento, ELE estava no controle. -, mas esse posto não duraria muito tempo com ele, afinal de contas, o precoce é ele, não ela.

Era maldoso pensar desse jeito, mas Finn estava jogando sujo. Estavam no quarto dele, com todo o Glee Clube presente correndo o risco de serem descobertos – mesmo com a colcha ocultando toda a quentura da circunstância -, e OUSARA brincar com os seus lábios daquela forma duas vezes seguida.

- Você é muito, muito gostosa, Rach. – ele declarou sapeca arrancando uma breve gargalhada dela. – É sério. O que você não tem de tamanho, com certeza tem de gostosa. – dessa vez recebeu um soco de leve nos ombros. Ele sorriu com a reação dela e jogou para trás da orelha dela uma mecha de cabelo que insistia em cobrir parte do seu rosto.

A habitual ternura do olhar dele voltou e a menina teve que fazer um esforço para não chorar. Não cansava desses momentos, onde os dois pareciam se desligar da realidade e compartilhar um mundo criado somente para Rachel e Finn. Mundo esse que durava somente alguns segundos, mas que eram intensos. Inesquecíveis. Sorriu inclinando-se mais uma vez à procura da sua boca. Diferente dos demais, esse foi calmo, sem batalhas de língua por dominação, sem mordidas eróticas. Um beijo apaixonado.

Se a sua namorada tinha uma fraqueza e tanta com mordidas, Finn poderia dizer que os beijos de Rachel eram a sua fraqueza. O garoto ficava absurdamente entorpecido durante eles. O efeito deles era tão devastador que nem ele mesmo percebeu o momento em que Rachel, de maneira ardilosa, desceu uma das mãos por seu torso, atingindo o botão e o zíper de sua calça.

- Deus! Rachel! – ele exclamou ao sentir a pequena mão dela tocando-o através da cueca. Todos voltaram os olhos para os dois e como a menina estava de costas para eles, sorriu satisfeita ao fitar a palidez de Finn na sua frente tentando bolar uma desculpa qualquer. – Você não está gorda, você está linda! Linda! Mais linda é impossível. – disse a primeira coisa que lhe veio à mente. Os gleeks voltaram para as suas conversas e Finn olhou para ela incrédulo.

Ela riu com graça e se aproximou dele mordendo o lábio inferior, e com a mão que estava livre – pois a outra estava ocupada com outra coisa – o segurou pelo queixo e utilizando uma voz muito, muito manhosa, ela falou:

- Obrigada pelo "linda", Finny... – sussurrou elevando o garoto a um nível mais alto de pura excitação. Constatou isso ao 'senti-lo' pulsar com mais intensidade em seus dedos através do tecido da cueca. Fez uma nota mental de sempre usar esse tom de voz com ele nesses momentos.

Ciente do problema dele, Rachel resolveu ousar mais e matar de vez a sua curiosidade. Lentamente o seu indicador traçou um caminho em direção a ponta da boxer dele – mordeu o lábio com mais intensidade dessa vez, ela definitivamente gostava das boxers. -, e logo o restante da mão foi atrás do dedo explorador. A mão dela atingiu um território novo e Finn enterrou a cabeça na curva do pescoço de sua namorada sendo vencido pelo tesão que dominava o seu baixo e respirava pesadamente

Se pela experiência anterior 'o' julgou quente pela cueca, ao tocá-lo de fato era como colocar a mão numa brasa. E pulsava. E como pulsava. Foi a vez dela de soltar um gemido discreto e o puxar pelos cabelos. Finn não tinha forças para abri os olhos, os lábios estavam ressecados e de sua boca saíam sons incoerentes.

- Controle-se. – sussurrou novamente. Era um aviso.

A mão dela subiu por toda a extensão dele e foi o suficiente para Finn explodir. Usando os seus braços enormes ele a puxou contra o seu corpo, enterrou novamente a cabeça na curva do pescoço de Rachel e suprimiu o gemido de prazer com um forte chupão naquela região.

Pelo menos ele durara um pouco mais do que a última vez. E ela? Rachel tomou uma bronca dos pais pela "singela marca" deixada pelo namorado, foi obrigada a aturar as implicâncias dos seus companheiros de Glee Club durante semanas e gastara toneladas de maquiagem tentando esconder durante as aulas.

Presente.

- Finn, querido, está tudo bem? – Carole perguntou ao notar o filho de cabeça abaixada na mesa. A atenção de todos se voltaram para o garoto.

O atleta expressou sua melhor feição apresentável possível e se ergueu para os demais acenando positivamente. Carole olhou para Burt, que olhou para Kurt, que devolveu o olhar para o pai e este encarou Leroy, que encarou Rachel e ela fitou o namorado mostrando-se "preocupada".

- Dor... De... Cabeça. – ele respondeu de maneira entrecortada abaixando a cabeça de novo e abafando um gemido. Rachel continuava a acariciá-lo de cima para baixo e Finn estava bem próximo de ver estrelas.

Ela era má. E Rachel sabia disso. Permaneceu com o ar preocupado, mas ao mesmo tempo acelerou o ritmo lá embaixo e não tardou para que os espasmos dele passassem para ela como se fosse uma corrente elétrica. Finn murmurava alguma coisa com a cabeça escondida em seus próprios braços e o líquido viscoso explodiu como um jato em seus dedos. Tinham feito algum progresso, ele durou mais do que o esperado. Rachel tratou de recolher todos os resquícios possíveis na sua evitando uma situação constrangedora para os dois e se levantou com a desculpa de buscar um remédio para a "dor de cabeça" do namorado.

Finn ergueu a cabeça de novo e fitou todos os olhares preocupados. Ainda estava sob os efeitos do seu orgasmo discreto. As bochechas queimavam feitas duas brasas por conta do constrangimento do que tinha acabado de acontecer. Rachel retornou trazendo um copo com água e com açúcar explicando que era muito mais saudável evitar a auto-medicação, ou seja, qualquer tipo de comprimido. A menina fira tão convincente na sua explicação que ninguém ousou contestá-la.

- Se quiser se deitar, pode subir para o quarto de Rachel, rapaz. – Leroy ofereceu compadecido com o estado do genro. Hiram aprovou a atitude do marido e agarrou o seu braço em agradecimento.

- Suba. Eu vou terminar aqui e retirar a mesa. Logo Kurt e eu subimos para lhe fazer companhia, está bem? – Rachel falou checando se Finn tinha se recomposto antes de puxá-lo pelo braço. Ficou na ponta dos pés e lhe dei um beijo rápido no rosto. – Conhece o caminho.

Os adultos se retiraram e seguiram para a sala para conversarem. Kurt resolveu ajudar a Diva do coral com a mesa. A princípio permaneceram em silêncio, não havia tensão alguma, apenas não havia a necessidade de iniciarem uma conversa naquele momento. Mas foi Rachel quem puxou assunto, soltando no ar que tentaria convencer os seus pais a irem a Nova York, pois o musical "Cats" estava voltando para a Broadway depois de uma longa temporada pelo mundo. Kurt logo se viu empolgado com a idéia e nem se deram conta que começavam a traçar um plano juntos para irem ao musical.

X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X

- Um dia desses nós seremos descobertos, Rach. – ele comentou quebrando o silêncio da caminhada desde o momento em que saíram da casa dela.

Já era tarde da noite e aparentemente a segunda "festa" de noivado de sua mãe entraria pela madrugada se dependesse dos Berry, uma vez que estavam tão animados quanto os noivos. Kurt se pegou entediado e pediu permissão para ir até a casa de Mercedes nesse meio tempo e Rachel e Finn deixaram a residência da jovem para uma breve caminhada durante a noite.

- Eu só estou tentando te ajudar e veja, estamos progredindo Finn. Mas se quiser, eu paro. Tudo bem. Deixo você continuar o "tratamento" por sua conta. – ele parou abrupto e boquiaberto.

- Não... Não, eu não quero continuar isso sozinho. Gosto da forma como me trata. O que eu quis dizer é que você sempre me pega de surpresa e eu tenho que mover céus e terras para não denunciar a nossa situação. – ele se explicou dando um passo a frente e sendo contagiado pelo sorriso dela.

- Gosto de ter o elemento surpresa ao meu lado. É adorável vê-lo tentando manter o controle. – ela admitiu ganhando uma postura de desaprovação da parte dele. Finn estava começando a ficar super dramático como ela, até o modo como apoiou as mãos na cintura era igual ao dela. – Você é uma graça, Finny. – disse por fim antes de cair na gargalhada.

- Vou marcar você de novo! Vou deixar uma marca ainda maior que você não será capaz de esconder nem com uma tonelada de maquiagem! – ele retorquiu num tom infantil e ao mesmo tempo ameaçador. Fingindo pirraça, ele começou a dar passos largos deixando-a para trás.

Rachel teve que correr para alcançá-lo e pulou em suas costas pegando-o de surpresa – de novo. Finn não resistiu à brincadeira dela e misturou a própria gargalhada com a dela. Ela parecia uma pena em suas costas, a garota não pesava absolutamente nada para ele. Caminharam mais alguns metros desse jeito, desceram por um bosque, passaram por uma clareira e avistaram um parquinho abandonado. A menina desceu e correu para um dos balanços.

Finn se posicionou atrás dela e a empurrou, perderam mais alguns minutos rindo e se divertindo com a simples brincadeira de criança. Largaram o balanço e correram para o escorrega, desceram algumas vezes, e como ele era absurdamente enorme para o brinquedo na primeira tentativa ficou entalado no meio da rampa provocando em Rachel uma crise escandalosa de risos. Ao final, exaustos com todo "espírito de criança" do momento, largaram-se num dos banquinhos do parque. Ela ainda soltava umas gargalhadas só de olhar para o escorrega e ele, incrivelmente enfeitiçado pelo som dos risos dele, gargalhava junto.

- Proponho uma guerra de bexigas d'água nesse sábado lá em casa, no quintal? O que acha? – ela perguntou adorando todas essas brincadeiras.

- Com roupa? – indagou com malícia e ela lhe socou os ombros. – Quero vê-la de biquíni. – confessou.

- Quero vê-lo de sunga. Nada de shorts ou bermudas. É uma troca justa! – respondeu ganhando um sinal de aprovação dele. – Combinado. Compro as bolas amanhã.

- Não viemos parar aqui por acaso, Rach. – ele disse mudando de assunto de maneira repentina. – Eu não piso nesse parque há oito anos.

- Eu nem sabia da existência dele. – ela admitiu. – Aliás, é impossível saber que ele existe. Fica, literalmente, no meio desse bosque. – comentou olhando ao redor e só vendo árvores e mais árvores. – Porque me trouxe aqui?

- Eu tinha oito anos quando a minha mãe me trouxe aqui pela última vez. Foi uma época difícil, sabe? Eu estava na escola e todos tiravam sarro de mim porque eu sempre fui monstruosamente alto e eu dizia que iria falar com o meu pai, mas então eu chagava em casa e conversava com o jarro dele. E no dia seguinte tudo se repetia. – ele pausou e encontrou o olhar dela. A menina parecia que iria desabar num choro a qualquer instante. – E minha mãe ouvia essas minhas conversas com o meu pai... Hoje eu tenho uma noção do quanto era barra para ela me ver daquele jeito. Enfim, até que um dia ela saiu cedo do trabalho e resolveu tirar uma tarde muito divertida comigo. Fomos ao boliche, comemos pizza, compramos brinquedos e ao final do dia me trouxe aqui.

Finn não percebeu, mas uma silenciosa lágrima se formou no canto de seu olho e desceu vagarosa pelo seu rosto. Rachel chorou com ele em silêncio.

- Ela sentou comigo naquela gangorra ali – ele apontou para o brinquedo, que hoje estava parcialmente quebrado. – e contou uma história que eu jamais vou esquecer. Ela disse que antes do meu pai ir para a Guerra, antes mesmo de eu completar um ano... Todos os sábados, com chuva, sol, neve... Não importava o tempo. Meu pai sempre vinha comigo para esse parque e que às vezes ela vinha junto. – Finn pausou novamente e já estava ciente do choro discreto que aos poucos o dominava. Rachel se levantou do banco e se posicionou atrás dele passando os braços ao redor do namorado. – Eu era um bebê, tinha meses de vida ainda. Mas minha mãe me disse que o meu pai adorava ter essas conversas de "homem para homem" comigo, mesmo que eu entendesse nada do que ele estava falando. – ele riu tentando imaginar a cena. – E eu te trouxe aqui, porque eu tenho certeza de que numa dessas conversas ele deve ter mencionado garotas, namoradas, e acho que já está na hora dele conhecer você. Esse é o lugar mais próximo com ele que eu tenho. – finalizou olhando para cima com a visão embaçada por conta das lágrimas e encontrando as lágrimas dela caindo sobre o seu rosto. – Além do mais, quero garanti-lo de que minha mãe será muito feliz com Burt.

- Finn, isso é tão... – ela não sabia como expressar.

- Íntimo? Pessoal? Yeah, tirando a minha mãe, você é a única pessoa que sabe dessa história. – a menina prendeu a respiração ao ouvir aquilo, a situação toda atingiu grandes proporções em questão de segundos. – Eu sinto muito a falta dele. Acho que é por isso que eu te entendo. Você tem Hiram e Leroy, mas eles nunca poderão dar conta do vazio deixado pela Srta. Corcoran. Da mesma forma que eu tenho o Mr. Schuester e Burt... – ele tornou a fechar os olhos e mais duas lágrimas caíram.

- Shelby adotou Beth. – ela confessou largando-o e dando a volta no banco para ficar de frente para ele. – Nas Regionais Shelby disse que queria começar uma família e que estava cansada de lecionar corais e, aparentemente eu estou fora dessa "família". Fui rejeitada, escorraçada e substituída. – completou deixando-se levar pelo choro da dor. – Não culpo Beth, de jeito nenhum... Ela é linda. Bem parecida com Quinn, mas... Fui trocada por não se encaixar nos requisitos dela. Tenho dezesseis anos e minha data de validade já está vencida.

- Eu...

- Não. Já não importa agora. – ela o cortou e ele tentou novamente, mas ela prosseguiu. – A nossa situação pode parecer comum para nós dois, Finn. Mas são casos completamente distintos. São dores diferentes. A minha é pela rejeição e a sua é pela saudade. E não há nada no mundo pior do que a saudade. Eu não tenho idéia do quanto foi difícil para você crescer sentindo tudo isso, tendo a consciência de que era irreversível, de que ele não iria voltar. Tendo que enfrentar o mundo lá fora somente com a sua mãe. – ela se abaixou até ficar na altura dele no banco e secou as suas lágrimas delicadamente com os polegares.

- A vida é justa Rachel. Ela me tirou o meu pai, mas me trouxe você. E acredite, tudo se torna suportável quando você está ao meu lado. Inclusive essa saudade. – declarou se colocando de pé de novo. – Você é o meu maior acerto, estrela.

Ela encurtou a distância de seus corpos, ficou na ponta dos pés procurando a sua boca e ele a ergueu em seus braços beijando-a apaixonadamente num misto doce de seus hálitos com o sal das lágrimas.

- Eu te amo, Finn Hudson. – Rachel finalmente admitiu arrancando um sorriso torto dele e tornou a beijá-lo enquanto os pingos de chuva começavam a cair naquela calada da noite.

http://www.twitter.com/tatischommer

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