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1 vez Finnchel Fanfiction *-* Capitulo 6

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Tatiele

Tatiele
Moderador
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- Rachel?

A adolescente se virou e fitou a pessoa parada a porta. Ela parecia tão surpresa quanto a própria. Agora trocavam olhares intensos e a menina não sabia ao certo o que fazer exatamente. Shelby arqueou as sobrancelhas enquanto o seu cérebro trabalhava furtivamente numa tentativa de não tornar tudo aquilo mais estranho do que já era.

Abriu ainda mais a porta e saiu parando na pequena varanda antes dos dois degraus que dava acesso ao portão da casa. A primeira coisa que passou pela sua mente foi como a menina tinha conseguido o seu endereço, a segunda coisa era que Rachel parecia bastante apreensiva e a terceira era que ela devia fazer algo. E rápido.

A aspirante da Broadway tinha passado os últimos dias planejando perfeitamente esse momento. Estava tudo devidamente organizado, não haveria momentos constrangedores, ela tinha treinado algumas formas de iniciar conversas com a sua mãe. Não seria emotiva e nem tão carente, afinal de contas ela ainda não tinha se recuperado completamente das questões envolvendo ela e Shelby. Ela só precisava pedir um favor. E era uma coisa que só Shelby seria capaz de fazer.

- Não queria incomodar. Desculpe. – Rachel exasperou quase num sussurro diante do nervosismo que a dominava.

Planejar era algo completamente do que praticar. E a prática estava deixando Rachel na mão. Fixo em sua cabeça estava um scrpit desse encontro, mas nada estava indo do jeito que ela gostaria que fosse. Fez uma nota para si mesmo: Ser um pouco menos metódica da próxima vez.

- De jeito nenhum. – a ex-treinadora do Vocal Adrenaline respondeu. – Você veio sozinha? – perguntou tentando não deixar escapar qualquer sinal de insegurança na sua voz. Shelby estava tão apavorada quanto a filha. Mas os seus motivos eram maiores.

A menina afirmou em silêncio. E então emendou:

- Peguei um táxi. – explicou. – Achei o seu endereço depois de ligar para o Carmel High. – explicou dissolvendo todas as perguntas que Shelby fazia somente pelo olhar. – Não vai me convidar para entrar? – indagou encarando os próprios pés. Perguntar aquilo foi incrivelmente difícil para ela.

- Perdão, Rachel. Claro, entre, por favor. – a mulher respondeu sentindo-se incrivelmente envergonhada pela sua gafe. Observou a filha mais velha respirar fundo como se tivesse criando coragem e em seguida ela ousou a dar os seus primeiros passos em direção a residência. – Sente-se. Fique a vontade. Eu vou buscar um suco para nós duas. – completou antes se seguir para a cozinha e se certificar de que a adolescente estava confortável.

Rachel olhou atentamente cada metro quadrado daquela casa. Tudo parecia harmonioso, as cores das paredes, o madeira clara do chão, os móveis de marfim, os aparelhos eletrônicos. A primeira coisa que chamou a sua atenção foi a enorme coleção de DVDs numa estante reservada somente para eles ao lado da enorme televisão. Os olhos da garota brilharam ao ler os títulos, somente musicais consagrados da Broadway. Numa outra parte dos DVDs estava títulos como Bee Gees, Elvis, Barbra – ela quase saltou do sofá ao ver que ela possuía tudo o que Rachel tinha em relação a eterna intérprete de Funny Girl – ABBA, Madonna, Beatles. Uma explosão de orgulho inundou cada parte do corpo dela, por um breve momento Rachel sentiu-se realmente orgulhosa de ter Shelby Corcoran como mãe. Sentiu-se brevemente conectada a ela de um jeito.

Ao lado da estante dos DVDs tinha uma mesinha simples, porém bem cativante com o restante da decoração da sala. Rachel sentiu o seu coração falhar em pelo menos uma batida. Agora fitava o porta-retrato que ali estava, estava longe dele, mas reconheceria aquele vestido, a fita vermelha, aquele cenário. Era nostálgico, era como se estivesse encarando toda a platéia de novo, como se estivesse sentindo o calor do refletor sobre ela.

Era uma foto dela.

Uma foto tirada das Seletivas.

Uma foto dela cantando "Don't Rain on My Parade"

Shelby tinha uma foto dela.

Os olhos marejaram instantaneamente. A possibilidade de nem tudo estar perdido surgiu em seus pensamentos. Talvez ainda tivessem uma chance. Rachel queria essa chance. Rachel queria, mais uma vez, tentar recomeçar.

Rachel queria uma mãe. Uma mamãe.

- Barbra teria ficado orgulhosa se tivesse tido a chance de testemunhar esse dia. – a voz de Shelby a tirou do seu devaneio, o que lhe causou um pequeno susto. Ela viu o brilho nos olhos de Rachel assim que os seus olhares se encontraram. Dividiram um sorriso. Sincero. – Laranja. – completou entregando para ela o copo com o suco.

- Obrigada. – agradeceu antes de tomar um gole. – Eu realmente espero não estar atrapalhando, Shelby. – falou na defensiva.

- Você não está. – respondeu assegurando a mulher mais nova. – Mas o que te traz aqui? Suponho que deva ser uma emergência. Problemas com Leroy ou Hiram? – arriscou experimentando o próprio suco.

- Não, tudo bem com eles. Meu problema é outro. Não é exatamente um problema, mas é algo que só você pode fazer. – ela respondeu depositando o seu copo na mesinha de centro e virando completamente para a mãe que estava se ocupando da poltrona em frente a ela.

Shelby assentiu e indicou que ela continuasse.

- Preciso que você me leve ao Ginecologista. – admitiu esperando qualquer reação da adulta. A princípio Shelby se mostrou-se intrigada, depois apreensiva e depois cortou o contato visual olhando para a janela. Rachel estudava os seus movimentos.

- Você não está grávida, não é? – deixou escapar a pergunta antes mesmo de ver a expressão de horror estampada na cara da filha.

- Não! Por mais lindo e abençoado seja o ato de gerar um bebê, eu não penso em perpetuar o meu gene artístico tão cedo. Além disso, presenciei todo o drama de uma gravidez na adolescência com Quinn. Você sabe. – explicou recuperando-se do choque provocado pela pergunta dela.

Shelby petrificou ao ouvir o nome de Quinn. A filha mais nova, Beth, estava há poucos metros da irmã mais velha. Dormia feito um anjo no andar de cima. Ainda conflitava consigo sobre contar a Rachel a verdade ou não. Só não continuou perdida nos seus pensamentos ainda mais, pois a menina continuou.

- Mas não deixa de ser um assunto delicado e constrangedor. Eu nunca fui a um e só de pensar que eu vou ter me despir e deixar que um médico examinar a parte mais delicada do meu corpo me apavora. Além disso... Você deve saber que eu estou namorando, não é? – Rachel perguntou tomando um generoso gole do seu suco.

O alarme disparou na cabeça de Shelby. "SEXO!". A mulher limitou-se a olhar intensamente para Rachel e as feições do garoto alto, moreno e responsável por perfurar os pneus dos seus alunos – quando ainda era professora do Vocal Adrenaline – foram surgindo. Sorriu antes de confessar uma pequena observação:

- O menino alto do grupo de vocês. O que cantou "Faithfully" com você, estou certa? – a garota assentiu com um brilho intenso emanando dos olhos. – Reparei o modo como ele te olha e como você olha para ele. – completou ganhando um sorriso da filha.

- Finn e eu estamos juntos por quase cinco meses. Faltam exatamente três dias, quatro horas e vintes seis minutos para o nosso aniversário de cinco meses. A questão é que eu realmente me sinto pronta para me entregar para ele, mas as meninas do Glee Club disseram que eu preciso ir ao ginecologista primeiro. – respondeu checando rapidamente o relógio.

- O que os seus pais acham disso? – Shelby perguntou lançando um olhar curioso para a adolescente antes de tomar mais um gole do seu suco.

- Protetores demais. Suponho que Leroy carrega uma certa fantasia de eu me casar virgem, mas Hiram é mais liberal. Mas entenderei perfeitamente caso decline o meu pedido, Shelby. – Rachel respondeu apressadamente, mas sustentando um olhar de súplica.

- Não, será um prazer levá-la. E fico feliz que esteja preocupada com esse assunto. Desculpe, mas preciso perguntar... Finn não está pressionando você, não é? – novamente a expressão de horror transpareceu na cara da jovem. – Entenda, eu sei muito bem como a juventude de hoje em dia funciona. – completou num tom ameno como se desculpasse da pergunta anterior.

- Não, Shelby. Finn é um cavalheiro, gentil, romântico. Um verdadeiro príncipe. Partiu de mim essa decisão. Finn não é como Jesse.

A conversa tinha tomado outro rumo e Rachel pareceu chateada por trazer aquelas lembranças de volta. Mas foi pega de surpresa ao notar que Shelby estava ficando gradualmente vermelha, a postura se tornou rígida e os punhos cerrados. Fitou-a com curiosidade e esperou pacientemente a sua reação após proferir aquela frase.

- Como? Jesse pressionou você? – seu tom foi ameaçador. Discretamente Rachel recuou um pouco. Testemunhava uma Shelby com raiva. – Como se já não bastasse o episódio com os ovos! – exasperou cruzando os braços contra o próprio corpo e respirando pesadamente.

A estrela dos New Directions agora parecia sem palavras. Levou alguns segundos para que fosse capaz de formular uma frase.

- Pensei que não ligasse... Afinal de contas, nas Regionais você parecia tão feliz quando eles ao levarem o Campeonato. – ela realmente não conseguiu evitar que as palavras saíssem de sua boca.

- Da única coisa que eu tinha consciência era o fato do Vocal Adrenaline ter invadido o McKinley, usado o seu auditório e ter "enfeitado" a sala de vocês com todos aqueles papéis-higiênicos. Só fui ficar ciente do episódio da ovada após o meu pedido de demissão. – explicou ainda visivelmente irritada com o seu ex-aluno.

- Isso não importa agora. Nada aconteceu entre eu e Jesse. Aliás, considero aquele patife um dos maiores erros da minha vida. – soltou se arrependendo em seguida. O fato de Jesse ter surgido em sua vida foi por que o garoto cumpria ordens de Shelby.

- Culpa minha. Eu sinto muito.

Então o caos estava próximo. A mulher mais velha arregalou os olhos ao escutar o chiado que vinha do pequeno aparelho que estava guardado num dos seus bolsos traseiros. Encarou Rachel e constatou que ela também tinha escutado. Novamente outro chiado e dessa vez um pouco mais alto. A garota encarava a mãe intrigada e lançou um olhar em direção as escadas. Os sons pareciam vir do andar de cima.

De chiado e um choro mínimo. Shelby agora segurava nas mãos a babá-eletrônica no formato de ursinho. Silêncio, elas só encaravam enquanto o choro se tornava mais intenso. Um bebê, Rachel pensou. Teria Shelby largado o seu emprego para se tornar babá? Essa idéia realmente não fazia o menor sentido para a garota. Talvez ela estivesse fazendo um favor? A criança poderia ser a do vizinho?

- Eu já volto.

A mulher se levantou e subiu as escadas rapidamente. Novamente ela esperou e dessa vez estava muito confusa. Olhou mais uma vez para o interior da casa e só agora se deu conta da quantidade de coisas infantis que tinha ao redor. Por cima do sofá ela tinha uma visão parcial da cozinha e em cima da pia havia uma balde transparente com três mamadeiras e uma chupeta de molho em água quente. Jogada na poltrona ao lado de ode Shelby se encontrava estava uma fraldinha de pano e um brinquedo. Daqueles que você aperta e ele faz um barulho irritante. Encarou as escadas novamente e agora viu a mulher descendo com o bebê nos seus braços. A feição de Shelby não poderia ser mais aterradora.

- Não entendo. – Rachel falou se colocando de pé e caminhando até a mãe. A criança ainda fungava nos braços dela e tinha os olhos úmidos do choro. Fazia uns barulhos estranhos, porém muito fofos. Ela franziu o cenho com uma estranha sensação de semelhança. – Eu conheço você, princesinha. – ela falou não resistindo o desejo de brincar com aquelas mãos tão pequenas. Sorriu.

Plim. O estalo veio. O olhar agora se revezava na criança e na pessoa que a segurava.

- Quinn... Noah... – sussurrou ao perceber que a intensidade que emanava dos olhos da bebê era a mesma que emanava dos olhos de Puck. E os lábios eram perfeitamente desenhados como os de Quinn. – Beth.

Era a primeira vez que ela realmente via a garotinha, pois ela teve que ficar na competição quando o restante do grupo correu com Quinn para o hospital. A única – na verdade eram várias – imagem que ela tinha da pequena Beth era uma que Finn carregava em seu celular.

Rachel se afastou tomada por uma estranha repulsa.

- Você é a mulher solteira que adotou Beth que Quinn me contou. – o seu tom de voz já não era mais relaxado. E antes que se desse conta, as lágrimas já desciam pelo seu rosto.

- Rachel, eu...

- Não! – a cortou imediatamente. – Como você pode fazer isso comigo? Como Shelby?

- Eu posso explicar Rachel. Mas você precisa se acalmar ou vai assustá-la. – retorquiu sentindo a insegurança em suas palavras. Não estava preparada para esse momento.

- Explicar o que? Explicar esse meu desejo masoquista de sempre procurar você e ser escorraçada? Explicar que você me cortou da sua vida pela centésima vez? Explicar que eu não sirvo para a sua brincadeira de casinha? Explicar que eu passei do prazo de validade para você? Explicar o fato de eu não usar mais fraldas e nem tomar mais mamadeiras faz de me mim uma inútil para você, Shelby?

- Você não está entendendo, Rach! Isso não é verdade! – a mulher respondeu agitando Beth em seus braços. A criança estava ficando nervosa.

- Não! Eu entendo perfeitamente! – a voz já se mostrava mais alta. A leve maquiagem diária ia se desfazendo com as lágrimas. Rachel tremia dos pés a cabeça. – Passei cada segundo dos meus dezesseis anos esperando por algum sinal seu. Leroy e Hiram foram e são pais maravilhosos, mas nenhum dos dois pode preencher o vazio que você deixou, Shelby! Você tem noção do quanto é doloroso passear pelo shopping e presenciar mães e filhas fazendo compras? Experimentando sapatos? Ou quando tem reunião de pais e no meio de tantas mães lá está Leroy ou Hiram! Ou quando eu vou para o Ballet todas aquelas mães lançando olhares orgulhosos para as suas filhas e eu só, porque os meus pais estão trabalhando. – ela pausou respirando fundo. O choro estava incontrolável. – Dia das Mães... – ela riu com ironia. – Eu sempre desenhava um cartão para você, sabia? Desenhava e guardava num caixa esperando o dia em que eu te encontrasse, e aí passaríamos o Dia das Mães juntas e eu te entregaria todos eles! – parou novamente jogando o corpo cansado no sofá.

Shelby não teve forças para responder. Agora o silêncio era coberto pelo choro descontrolado de Rachel, o choro silencioso de Shelby e o choro esganiçado de Beth.

- Por favor... – a mulher suplicou levando uma mão ao ombro da filha mais velha.

- Eu só tenho dezesseis anos, Shelby. Eu tenho medo do mundo lá fora. Eu tenho inseguranças, dúvidas, angústias e tudo o que eu mais desejo é ter uma mãe para me abraçar e dizer que tudo vai ficar bem. – confessou com dificuldade entre os soluços.

- Eu falhei com você, Rachel. Eu sei. – Shelby respondeu sacudindo Beth ainda mais.

- Eu cansei. – fungou. – Cansei de esperar e querer que as coisas fossem diferentes. Idealizei você por tantos anos e no final das contas eu saí muito machucada ao ter esse choque de realidade. Viva, brinque com essa sua fantasia de casinha com Beth que eu vou seguir a minha vida. Eu realmente não preciso de você se eu tenho dois pais maravilhosos, amigos incríveis e um namorado que me ama de verdade. – as palavras saíram e em nenhum momento Rachel pareceu ser se arrepender delas.

Por outro lado, Shelby as recebeu como bofetadas. Merecidas bofetadas, ela pensou.

- Torço muito para que Beth não passe nem pela metade do inferno que eu passei com você. Espero que você seja para ela o que não foi para mim. Uma boa mãe. – completou recolhendo a sua bolsa, despediu-se do bebê com um leve beijo em seus cabelos e saiu deixando uma Shelby sem reação.

X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X

A animação na casa dos Hudson não poderia ser melhor. O jantar daquele dia especificamente entraria para a história das duas famílias. Após passar a tarde estressado por não ter ficado com Rachel o tempo que desejava, Finn teve que lidar com uma situação ainda mais delicada. Burt tinha chegado em casa mais cedo e trancou-se no quarto com o enteado.

Horas mais tarde estavam todos reunidos ao redor da mesa. Carole arrumava as coisas, pratos, talheres e conversava alegre com Kurt que a ajudava. Burt e Finn trocavam a todo momentos olhares cúmplices e o garoto parecia não conseguir parar de sorrir a todo o momento. Além da constante ansiedade evidente. E antes que todos se servissem, o pai de Kurt trouxe à mesa uma garrafa de champanhe dizendo que em breve eles teriam um bom motivo para comemorar.

O que ocorreu a seguir fez Carole petrificar, Kurt engasgar e Finn alargar ainda mais o seu sorriso. Burt estava de joelhos, com uma caixinha de veludo nas mãos, segurava uma das mãos da amada e falava algumas palavras ternas. O pedido foi feito e com um "sim" quase em surdina Carole sorriu ao ver o anel deslizar pelo seu dedo perfeitamente.

Agora todos conversavam animados com o iminente casamento. Kurt e Carole discutiam fervorosamente a decoração e roupas, enquanto Burt e Finn falavam das comidas e bebidas. O desconforto abdominal que o dominou durante todo o dia por conta da pancada do dia anterior agora parecia um mero detalhe. No meio de tanta empolgação do telefone da casa dos Hudson/Hummel tocou, todos trocaram olhares, mas nenhum parecia disposto a se levantar. Kurt rolou os olhos e se prontificou.

Os três restantes da mesa continuaram a conversas, agora Carole fazia uma lista mental dos convidados e soltou empolgada a idéia de ter Rachel e Mercedes como madrinhas, idéia essa que tanto Burt quanto Finn aprovaram imediatamente.

- Finn, era Leroy Berry. Aconteceu alguma coisa com a Rachel. Ele pediu que você fosse para a casa deles agora. – Kurt cortou o clima da casa recebendo olhares preocupados dos três.

- O que aconteceu com ela? – a voz de Finn saiu mais exaltada do que ele pretendia. – Rachel se machucou? Está no hospital? Eles falaram mais alguma coisa, Kurt? – ele soltava as perguntas enquanto calçava o tênis e pegava o casaco.

- Não, só pediram que você fosse para lá. Aqui – o garoto foi até o balcão. – vá com o meu carro. – jogou as chaves para o meio-irmão. Finn sorriu acenou em agradecimento.

- Você está machucado, Finn! Deixe Burt te levar, pelo menos! – Carole falou também evidenciando o seu tom de preocupação com a garota.

- Eu estou bem. – respondeu já correndo para a porta. – Ligo quando chegar lá.

A menina parecia mesmo ser capaz de superar todos os seus medos. O coração disparado, a mente trabalhando incansavelmente pensando nas piores hipóteses. Finn corria pelas ruas e estava apavorado. Não apavorado por ultrapassar o seu costumeiro limite de velocidade, apavorado pensando no que teria acontecido com a namorada. Chegou à residência dos Berry em questão de minutos. Parou o carro com uma freada brusca, o que denunciou a sua chegada para os dois homens. Hiram já o esperava na porta.

- O que aconteceu? – perguntou enquanto entrava na casa. – Cadê ela?

- Chegamos em casa há quase três horas e vimos que tudo estava apagado, subimos e a porta do quarto dela estava trancada. A princípio pensamos que vocês dois estivessem lá dentro, mas aí a ouvimos chorando e então pensamos que talvez vocês dois tivessem tido uma discussão, uma briga... – Hiram explicava subindo as escadas acompanhado do garoto e do marido.

- Perguntei se você tinha sido o motivo de tantas lágrimas e ela negou com um choroso "não". Pedi que abrisse a porta, mas ela se nega. E estamos aqui tentando desde então. Talvez você seja capaz de saber o que se passa com ela, Finn... – Leroy completou parando com os dois em frente a porta rosada do quarto da filha.

- Rach? – Finn bateu de leve na madeira. – Sou eu, abra a porta. Estamos preocupados com você, por favor... Abra a porta. – pediu ouvindo uma movimentação lá dentro.

Ouviu-se um "clique" e Rachel apareceu diante deles completamente devastada. Sem aviso prévio ela se jogou nos braços do namorado e desmoronou novamente. Finn trocou olhares com os dois pais enquanto afagava os cabelos dela.

- Vamos lá para baixo, deixe Finn cuidar dela, querido. – Hiram falou puxando o marido pelo braço. – Vaaaaamos. – persistiu dando um puxão mais forte o que fez Leroy se mexer finalmente.

Se Finn estava esperando por uma história completa da parte dela, ele infelizmente estava enganado. Rachel pouco falou, balbuciou poucas frases e todas elas envolviam o nome Shelby no meio. O garoto era lerdo na maior parte do tempo, mas não precisava ser esperto o suficiente para que percebesse que a namorada tinha ido se encontrar com a mãe naquela tarde. Um encontro que deixou Rachel nesse estado.

O rapaz não pressionou também, por mais curioso e furioso que estivesse para saber o que Shelby tinha feito ou falado para deixar Rachel daquele jeito. Ele só se deitou ao lado dela na cama, a envolveu em seus braços de forma protetora e deixou que ela chorasse o quanto quisesse. A menina soluçava freneticamente contra o seu peito. Finn sentia a umidade das lágrimas dela inundar a sua camisa, mas não se importava. Acarinhava as suas costas e às vezes soltava um "shhh..." contra os seus cabelos.

Já eram quase onze horas da noite quando o casal gay decidiu dar uma checada nos dois no andar de cima. A porta estava aberta, a luz acesa e na cama recostada na parede Rachel e Finn dormiam abraçados. O rosto dela ainda estava inchado das lágrimas e ela parecia bastante segura envolta por aqueles braços. Hiram presenciou um sorriso escapar dos lábios do marido e acreditou estar testemunhando um milagre.

- Leroy, ligue para Carole e avise que Finn vai passar a noite aqui enquanto eu pego um cobertor para eles.

E assim eles fizeram.

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