“E vê se para com toda essa implicância!”
“Olha, quer saber? Sai de perto de mim! Não quero
mais te ver por hoje!”
E esse foi o último diálogo entre Finn e Rachel
naquele dia. Sim, mais uma vez o casal estava brigando na hora do intervalo e
voltando para suas respectivas salas mais cedo. Nada muito novo, afinal, brigas
assim são recorrentes entre eles. O mesmo aconteceu na semana passada, mas eles
voltaram ao normal dois dias depois e, provavelmente, é isso o quê acontecerá
agora também.
Mas, Rachel está diferente. Ela nunca havia ficado
tão brava com Finn como agora. Desde que a nova líder de torcida, Claire,
entrou para a escola, Finn olha para ela com muita freqüência, algo que,
naturalmente, despertou o ciúme de Rachel. Obviamente, ela foi conversar com
Finn, o quê gerou uma grande discussão entre os dois. “Porque ele é tão
inconstante? Parece que eu nunca sou o suficiente para ele. Eu nunca serei uma
Quinn, uma Santana, muito menos uma Claire... Mas eu achava que ele gostava
disso em mim. Mas parece que se enjoa fácil disso, como uma criança depois de
receber um brinquedo.”, pensava a garota.
Ela havia chegado a seu limite. Sentia-se tão
frustrada que não sabia nem como reagir, ao mesmo tempo em que sentia vontade de
chorar, queria gritar, mas também queria socar Claire e Finn juntos. Era como
se ela tivesse entrado em seu próprio turbilhão, um espaço dentro dela tão
fechado, tão confuso e tão triste, de onde ela desejava sair mais que tudo
nesse mundo. “No fundo, eu queria poder sair correndo de todo esse lugar,
esquecer de tudo isso.”.
As aulas terminaram e Rachel volta para sua casa
rapidamente. Fria e silenciosa, ignorando todos ao seu redor. Seus pais estavam
viajando, voltariam apenas amanhã, então, ela ficou sozinha em casa, com o
mesmo pensamento de antes. Na tentativa de se distrair, fez o que sempre faz:
assistiu a “Funny Girl”, “Evita” e “Chicago”. Era uma de suas maiores
diversões... ou pelo menos era. Até que, num impulso, ela disse a si mesma:
- Chega! Não posso continuar assim! Está na hora de
tomar uma atitude drástica.
E em uma performance teatral digna de Broadway,
Rachel sobe até o banheiro, toma um longo banho, veste-se com suas melhores
roupas e...
- Hora de ir para o bar!
Uma atitude um tanto quanto inusitada para a jovem.
Mesmo assim, ela nunca havia ficado tão decidida a fazer algo como agora.
Eram 22h00min, há apenas uns 10 minutos, andando da
casa de Rachel, ficava um grande bar, uma casa noturna muito movimentada, onde
ela nunca tinha ido. Chegando lá, a garota mostrou sua identidade ao
recepcionista e entrou. Era realmente grande, com vários ambientes e muita
música. Ela nunca havia visto nada parecido! Ela viu alguns garotos do time de
futebol da escola. “Ah, só pode ser brincadeira...”. Saiu do primeiro ambiente
do local o mais rápido possível, até chegar a outro.
Então, ela encontrou um ambiente de iluminação azul
e um palco que a chamou muito a atenção. “Uma artista sempre sabe onde há um
palco. Só espero que hoje tenha um boa performance”, pensou ela.
Depois de fazer uma espécie de reconhecimento do
local, ela sentou-se à mesa do bar e pediu logo um drink. Estava simplesmente
delicioso:
- Incrível. É tão docinho, parece uma bala – disse
Rachel dando seus primeiros sinais de “alegria demasiada” ao bar man
- Sim, esse é uma delícia. Quer mais um? – disse ele
- Não, quero mais três! – falou sorrindo
Após beber mais algumas taças, algo aconteceu. As
luzes começaram a piscar, a platéia ficou agitada e todos começaram a gritar um
nome: Daniel.
- O quê é isso? Como assim, gente? – perguntou
Rachel, confusa, para o bar man
- Veja e divirta-se – respondeu ele, apontando para
o palco
De repente, todas as luzes focavam no centro do
palco, e de uma plataforma, surge um belo rapaz vestido de preto. Sons de
guitarra começam a tocar, há fumaça sobre o palco e o garoto começa a cantar “I
Touch Myself” das The Divinyls. Instantaneamente, Rachel fixa seus olhos nele,
como se algo a prendesse naquele momento, alguma força maior. A voz do garoto
era encantadora. “Nunca tinha ouvido um garoto cantar assim!”. Era belo e muito
cativante, Rachel estava verdadeiramente hipnotizada, mas deleitava-se profundamente
naquele momento de êxtase. Mas, enquanto cantava, ela notou alguns movimentos
um tanto quanto “estranhos” nele. O jovem começara a desabotoar a camisa,
exibindo um corpo invejável, enquanto a platéia, composta por mulheres e homens
de todas as idades exibiam, simultaneamente, notas de dinheiro de altos
valores. “OK, isso está ficando estranho...”. Ele continuava a performance
enquanto recolhia as notas de maneira convencional, e as vezes pouco
convencional, digamos assim. Os movimentos ficavam cada vez mais sugestivos,
libidinosos e sensuais até que ele, finalmente, tirou a sua calça, exibindo
mais de seu belo corpo e ganhando mais e mais notas dos clientes, que nunca
satisfeitos, queriam mais e mais do garoto.
“Oh meu Deus! Ele é um stripper!”, pensou Rachel,
surpresa. Apesar disso, nada a fazia parar de olhar para ele. Não é o corpo,
por mais sensual que seja, nem a dança, por mais provocante que é... afinal,
nem ao menos adulto ele era ainda. Tudo estava na voz, na expressão, no olhar.
Um olhar misterioso e profundo como o fundo mar, que guardava os mais intensos
segredos. Ela precisava se encontrar com ele, de um jeito ou de outro.
A performance terminou. A platéia gritava loucamente
e todos aplaudiam de pé:
- Obrigado, muito obrigado! Estarei atendendo o
pessoal daqui a 30 minutos lá... bem, vocês sabem onde é.”
Rachel viu nisso uma oportunidade de se encontrar
com Daniel, mas antes disso, precisava pedir algumas informações:
- Viu, você pode me explicar o que está acontecendo
aqui? Não estou entendendo absolutamente nada... O quê esse Daniel faz, afinal
de contas? – perguntou ao bar man
- Você ainda não entendeu? Daniel é o nosso stripper
e garoto de programa. Ele apareceu aqui há alguns anos atrás e foi um
verdadeiro sucesso. Todo mundo queria pegar ele. Bom, eu não culpo o garoto,
afinal, ele é uma delícia e ainda por cima canta!
Foi um verdadeiro choque para ela! “Como ele pode
estar nessa vida assim tão cedo. Afinal, quantos anos ele deve ter? Ele não me
parece ser tão adulto assim. Por mais que ele use roupas, e se comporte como
adulto, duvido que ele passe de 21 anos de idade. Isso é muito sério.”
Toda essa situação começou a preocupar muito Rachel,
o quê a deixou mais certa ainda de que ela precisava encontrar com ele. Por
isso, pediu mais informações ao bar man:
-Onde posso encontrá-lo?
-Nos fundos do clube, você vai encontrar um quarto
deporta preta com o nome dele escrito. É lá. É só bater algumas vezes que ele
te atende. Mas vou te avisando que ele ainda não está em horário de programa...
- Entendi, obrigada.
“Olha, quer saber? Sai de perto de mim! Não quero
mais te ver por hoje!”
E esse foi o último diálogo entre Finn e Rachel
naquele dia. Sim, mais uma vez o casal estava brigando na hora do intervalo e
voltando para suas respectivas salas mais cedo. Nada muito novo, afinal, brigas
assim são recorrentes entre eles. O mesmo aconteceu na semana passada, mas eles
voltaram ao normal dois dias depois e, provavelmente, é isso o quê acontecerá
agora também.
Mas, Rachel está diferente. Ela nunca havia ficado
tão brava com Finn como agora. Desde que a nova líder de torcida, Claire,
entrou para a escola, Finn olha para ela com muita freqüência, algo que,
naturalmente, despertou o ciúme de Rachel. Obviamente, ela foi conversar com
Finn, o quê gerou uma grande discussão entre os dois. “Porque ele é tão
inconstante? Parece que eu nunca sou o suficiente para ele. Eu nunca serei uma
Quinn, uma Santana, muito menos uma Claire... Mas eu achava que ele gostava
disso em mim. Mas parece que se enjoa fácil disso, como uma criança depois de
receber um brinquedo.”, pensava a garota.
Ela havia chegado a seu limite. Sentia-se tão
frustrada que não sabia nem como reagir, ao mesmo tempo em que sentia vontade de
chorar, queria gritar, mas também queria socar Claire e Finn juntos. Era como
se ela tivesse entrado em seu próprio turbilhão, um espaço dentro dela tão
fechado, tão confuso e tão triste, de onde ela desejava sair mais que tudo
nesse mundo. “No fundo, eu queria poder sair correndo de todo esse lugar,
esquecer de tudo isso.”.
As aulas terminaram e Rachel volta para sua casa
rapidamente. Fria e silenciosa, ignorando todos ao seu redor. Seus pais estavam
viajando, voltariam apenas amanhã, então, ela ficou sozinha em casa, com o
mesmo pensamento de antes. Na tentativa de se distrair, fez o que sempre faz:
assistiu a “Funny Girl”, “Evita” e “Chicago”. Era uma de suas maiores
diversões... ou pelo menos era. Até que, num impulso, ela disse a si mesma:
- Chega! Não posso continuar assim! Está na hora de
tomar uma atitude drástica.
E em uma performance teatral digna de Broadway,
Rachel sobe até o banheiro, toma um longo banho, veste-se com suas melhores
roupas e...
- Hora de ir para o bar!
Uma atitude um tanto quanto inusitada para a jovem.
Mesmo assim, ela nunca havia ficado tão decidida a fazer algo como agora.
Eram 22h00min, há apenas uns 10 minutos, andando da
casa de Rachel, ficava um grande bar, uma casa noturna muito movimentada, onde
ela nunca tinha ido. Chegando lá, a garota mostrou sua identidade ao
recepcionista e entrou. Era realmente grande, com vários ambientes e muita
música. Ela nunca havia visto nada parecido! Ela viu alguns garotos do time de
futebol da escola. “Ah, só pode ser brincadeira...”. Saiu do primeiro ambiente
do local o mais rápido possível, até chegar a outro.
Então, ela encontrou um ambiente de iluminação azul
e um palco que a chamou muito a atenção. “Uma artista sempre sabe onde há um
palco. Só espero que hoje tenha um boa performance”, pensou ela.
Depois de fazer uma espécie de reconhecimento do
local, ela sentou-se à mesa do bar e pediu logo um drink. Estava simplesmente
delicioso:
- Incrível. É tão docinho, parece uma bala – disse
Rachel dando seus primeiros sinais de “alegria demasiada” ao bar man
- Sim, esse é uma delícia. Quer mais um? – disse ele
- Não, quero mais três! – falou sorrindo
Após beber mais algumas taças, algo aconteceu. As
luzes começaram a piscar, a platéia ficou agitada e todos começaram a gritar um
nome: Daniel.
- O quê é isso? Como assim, gente? – perguntou
Rachel, confusa, para o bar man
- Veja e divirta-se – respondeu ele, apontando para
o palco
De repente, todas as luzes focavam no centro do
palco, e de uma plataforma, surge um belo rapaz vestido de preto. Sons de
guitarra começam a tocar, há fumaça sobre o palco e o garoto começa a cantar “I
Touch Myself” das The Divinyls. Instantaneamente, Rachel fixa seus olhos nele,
como se algo a prendesse naquele momento, alguma força maior. A voz do garoto
era encantadora. “Nunca tinha ouvido um garoto cantar assim!”. Era belo e muito
cativante, Rachel estava verdadeiramente hipnotizada, mas deleitava-se profundamente
naquele momento de êxtase. Mas, enquanto cantava, ela notou alguns movimentos
um tanto quanto “estranhos” nele. O jovem começara a desabotoar a camisa,
exibindo um corpo invejável, enquanto a platéia, composta por mulheres e homens
de todas as idades exibiam, simultaneamente, notas de dinheiro de altos
valores. “OK, isso está ficando estranho...”. Ele continuava a performance
enquanto recolhia as notas de maneira convencional, e as vezes pouco
convencional, digamos assim. Os movimentos ficavam cada vez mais sugestivos,
libidinosos e sensuais até que ele, finalmente, tirou a sua calça, exibindo
mais de seu belo corpo e ganhando mais e mais notas dos clientes, que nunca
satisfeitos, queriam mais e mais do garoto.
“Oh meu Deus! Ele é um stripper!”, pensou Rachel,
surpresa. Apesar disso, nada a fazia parar de olhar para ele. Não é o corpo,
por mais sensual que seja, nem a dança, por mais provocante que é... afinal,
nem ao menos adulto ele era ainda. Tudo estava na voz, na expressão, no olhar.
Um olhar misterioso e profundo como o fundo mar, que guardava os mais intensos
segredos. Ela precisava se encontrar com ele, de um jeito ou de outro.
A performance terminou. A platéia gritava loucamente
e todos aplaudiam de pé:
- Obrigado, muito obrigado! Estarei atendendo o
pessoal daqui a 30 minutos lá... bem, vocês sabem onde é.”
Rachel viu nisso uma oportunidade de se encontrar
com Daniel, mas antes disso, precisava pedir algumas informações:
- Viu, você pode me explicar o que está acontecendo
aqui? Não estou entendendo absolutamente nada... O quê esse Daniel faz, afinal
de contas? – perguntou ao bar man
- Você ainda não entendeu? Daniel é o nosso stripper
e garoto de programa. Ele apareceu aqui há alguns anos atrás e foi um
verdadeiro sucesso. Todo mundo queria pegar ele. Bom, eu não culpo o garoto,
afinal, ele é uma delícia e ainda por cima canta!
Foi um verdadeiro choque para ela! “Como ele pode
estar nessa vida assim tão cedo. Afinal, quantos anos ele deve ter? Ele não me
parece ser tão adulto assim. Por mais que ele use roupas, e se comporte como
adulto, duvido que ele passe de 21 anos de idade. Isso é muito sério.”
Toda essa situação começou a preocupar muito Rachel,
o quê a deixou mais certa ainda de que ela precisava encontrar com ele. Por
isso, pediu mais informações ao bar man:
-Onde posso encontrá-lo?
-Nos fundos do clube, você vai encontrar um quarto
deporta preta com o nome dele escrito. É lá. É só bater algumas vezes que ele
te atende. Mas vou te avisando que ele ainda não está em horário de programa...
- Entendi, obrigada.
