Foi exibido ontem (24 de maio) nos Estados Unidos o fim da segunda temporada de Glee. Já que o episódio final, “New York”, foi bastante insatisfatório e procuro um motivo para continuar acompanhando a série em sua terceira temporada, ficou claro que essa seria uma oportunidade e tanto para reavaliar a trajetória de Glee em seu segundo ano.
Por isso, vamos falar sobre o fim da temporada e fazer um pedido desesperado aos produtores de Glee: por favor, consertem essa bagunça!
O episódio “New York” era esperado pelos fãs por diversos motivos. Além da promessa de um encontro romântico para o casal vai-e-volta Rachel+Finn e de uma difícil decisão a ser tomada por Mr. Schu (continuar com o New Directions em Lima ou ficar em Nova York e tentar a sorte na Broadway?), estávamos prestes a acompanhar um momento decisivo para o New Directions: a acirrada decisão na disputa entre corais de todo o país.
E — surpresa, surpresa! — eles perderam.
Essa foi a metáfora perfeita para o que estamos vendo ao longo desta segunda temporada: sem esforço não há recompensa. A série (que em sua primeira temporada foi fabulosa) deixou de lado o que alegava ser — uma comédia musical — para repetir como uma vitrola quebrada lições sobre bullying, canonizar Kurt, demonizar Rachel e, de forma geral, deixar os fãs frustrados.
Nós entendemos que uma série de sucesso pode – e deve – aproveitar sua popularidade para fomentar uma discussão sobre tópicos importantes. Mas será que a insistência em alguns temas não está fazendo um desfavor à trama? Aliás, qual é mesmo a trama desta temporada? Eu já me perdi em meio a tantas reviravoltas e acontecimentos sem explicação nenhum, além de histórias abandonadas pela metade. Lembram-se que em “Funeral”, o episódio apresentado na semana passada, Quinn disse que precisava ir para Nova York para concluir seu plano? Mas não vimos plano nenhum sendo explicado, quanto menos realizado.
Diante de toda essa falta de continuidade entre os episódios, a competição musical foi apenas um cenário. Prova disso é que o New Directions chegou a Nova York sem nem ao menos ter escrito a letra das canções que seriam apresentadas na etapa seletiva, sem ter ensaiado e sem uma decisão sobre quem assumiria os vocais do dueto. Acho que ninguém ficou chocado ao descobrir que o coral não se classificou entre os dez mais que foram para a etapa final da competição, não é?
O episódio foi uma bagunça, assim como toda esta segunda temporada. É como se ninguém estivesse tentando manter a alegria, a diversão e os enredos bem construídos dos primeiros episódios da série. Em vez disso, Glee está cada vez mais parecida com uma novela cheia de personagens que aparecem vez ou outra, têm uma fala e voltam a fazer parte do cenário novamente.
Tina e Mike são pessoas ou estão apenas preenchendo a cota de asiáticos da série? Como é possível que Artie e Mercedes não tenham entrado na equação do bullying adolescente? E Quinn, ela é mesmo uma vilãzinha ou só está sem seus medicamentos? Aliás, alguém lembra que ela teve um filho com Puck na temporada passada? Onde foi parar o desenvolvimento desses personagens?
Enfim, o New Directions está sem direcionamento algum. Por isso, aqui estão algumas coisas que precisam ser resolvidas na próxima temporada para que eu (e alguns outros milhares de fãs da série) continuem a acompanhar Glee
Queremos Sue de volta!
Na maioria dos episódios desta temporada, as tramas de Sue se resumem assim: falar mal do cabelo de Will, elaborar um plano para destruir o coral, ver o plano ir por água abaixo e planejar algo ainda maior para a próxima semana. Vocês lembram que Jane Lynch já ganhou um Emmy por esse papel? Ainda bem que isso aconteceu durante a primeira temporada de Glee, pois se fosse neste ano, muitos fariam uma petição vetando a indicação de Lynch.
Depois de – aparentemente – ter decretado o cessar fogo entre ela e Will no episódio “Funeral”, temo que, na terceira temporada, Sue corra o risco de se tornar uma personagem ainda mais inexpressiva. Porém, os produtores parecem estar indicando que vão explorar mais a fundo a personagem, talvez deixando de lado esse lado caricatural de Sue.
E eles já mostraram que sabem fazer isso: com a história certa, a complexidade de Sue pode roubar a cena. Ela já mostrou o que pensa sobre religião, é carinhosa com Becky e, com a morte da irmã, talvez algumas grandes mudanças estejam vindo por aí.
Por favor, formem-se de uma vez!
É claro que a legião de fãs de Rachel e Finn entrou em pânico quando ele lembrou que falta um ano para a formatura dos dois. Será que Glee sobrevive sem Lea Michele e Cory Monteith? Ou será que os produtores vão dar um jeito de manter o casal em Lima, Ohio — destruindo, assim, os sonhos megalomaníacos de Rachel na Broadway?
Não há como negar, eventualmente todos os membros do coral vão se formar. Ainda bem. Não que eu seja uma traidora e odeie o elenco todo, mas me parece que essa é a única maneira de reduzir o elenco a uma quantidade administrável de personagens.
Quando foi a última vez que Mercedes teve uma história decente e que durasse mais que 15 minutos, nesta segunda temporada? Puck estava desaparecido da história até Lauren chegar — e os dois acabaram indo juntos para o limbo de personagens de Glee. E por mais que Tina e Mike sejam adoráveis, eles nunca tiveram mais que três falas por episódio!
Não há como garantir a continuidade de todas as tramas acontecendo simultaneamente na série com um elenco tão grande. Resumindo: menos pode ser mais quando temos uma série com muitas pontas soltas e números musicais... O que me leva ao terceiro pedido aos produtores:
Vão trazer convidados especiais? Ótimo! Deem-lhes algo para fazer!
Lembram-se do primeiro episódio desta temporada, em que fomos apresentados aos personagens interpretados por Charice (Sunshine Corazón) e Cheyenne Jackson (Dustin Goolsby)? Oba, uma disputa de divas entre Rachel e Sunshine! Um novo arqui-inimigo para Will! Porém nada aconteceu com esses personagens entre o primeiro e o último episódio da temporada.
Depois de toda a euforia com sua chegada à série, John Stamos mostrou que sabe cantar no episódio em homenagem a Rocky Horror Picture Show e logo em seguida se despediu da série, quando seu casamento com Emma acabou num episódio de que o ator nem ao menos participou.
E por que trazer Jonathan Groff novamente se Jesse St. James não iria fazer nada a não ser disparar algumas frases engraçadinhas sobre o American Idol e culpar Rachel e Finn pela derrota do New Directions na competição? Será que Glee não acabou sonhando alto demais ao recrutar nomes como Carol Burnett, Kristin Chenoweth, Dot Marie Jones (há quanto tempo não vemos a treinadora Beiste?), Gwyneth Paltrow, entre tantos outros?
Deem uma chance a Will!
Foi um pouco desapontador e um tanto previsível ver Will escolhendo o New Directions em vez da Broadway. O fato é que Will precisa de uma história melhor que sofrer por Emma e abrir mão de tudo em nome do coral. O que eu gostaria mesmo de ver acontecendo com Will é o que quase aconteceu com Rachel: escolher os seus sonhos, mesmo que isso signifique decepcionar as pessoas que ama.
Quando ele não está escrevendo no quadro branco quais são as tarefas do coral para a semana, ele não tem mais grandes momentos na série. O melhor momento de Will nesta temporada foi quando a chegada de April Rhodes lembrou-lhe dos seus planos e sonhos não realizados. De certa maneira, Will não é diferente de seus alunos: empacado em Lima, feliz, mas nem sempre. Vocês também não adorariam ver uma história de verdade acontecendo com ele?
Menos homenagens
Todos achamos episódios temáticos divertidos. Mas só nesta temporada, tivemos um episódio em homenagem a Britney Spears, um em homenagem a Fleetwood Mac, mais um em homenagem a Lady Gaga, um em homenagem a Rocky Horror Picture Show, e os temáticos “Grilled Cheesus” (religião) e “A Very Glee Christmas” (natal).
Todos esses episódios especiais podem ter sido realmente interessantes, porém o desenvolvimento das tramas acaba saindo prejudicado para dar espaço às canções temáticas. E quando todos acontecem na mesma temporada, parece que tempo demais foi perdido encaixando a trama na música, quando a série funciona melhor na contramão dessa lógica.
Menos spoilers!
Já havia confessado isto em outra ocasião, mas acho válido repetir: eu pulo as sequências musicais. Por que eu perderia tempo assistindo novamente uma apresentação do New Directions se, na semana anterior à estreia do episódio, todas as canções já estão disponíveis na internet? Sinto falta de ser surpreendida com o repertório do coral!
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E então, fãs de Glee, vocês concordam com nossa análise ou acha que estamos sendo duros demais? Não deixem de comentar!
Fonte: minha série.com
Ok, vocês concordam? deichem sua opinião.
Eu vou dar a minha, concordo com muita coisa desse texto, pra começar tem muitos pessonagens que estão na serie só dizem oi e tchau, acho que esta realmente faltando mais trama para esses perssonagens, bem o tanto que eu vi de gente reclamando, bem foi um fiasco, e como eu ja tinha falado antes eu acho que essa seleção musical ta decadente na minha opinião, sabe quais são os personagens prejudiciais da serie? Sam, Lauren, e acho que até o Mike. A Lauren e o Sam são o cumulo, tembém quero a Sue mais como era antigamente sabe, a agressividade, a competência, ele liderando as lideres de torcida, quero de volta a frieza da Santana, sabe ela falando muito mal do coral, eu achava isso muito engraçado, eu gostei bastante dessa temporada mesmo, mas esses pontos falharam, e isso prejudicou muito a serie, e eles vão se formar e a serie vai acabar? Porque se continuar sem os personagens principais, vai ser mesmo uma droga, eu não sei o que esperar da terceira temporada.