Eu Confesso que...

quando eu o olhei nos olhos, senti meu coração aquecer como uma bebida quente aquece um corpo no inverno. Fiz a curva em seus lábios e sabia que queria sentir seu gosto. Uma sensação forte atingiu meu peito e eu podia sentir lágrimas preenchendo meus olhos, tentei segurá-las, porém percebi que já estavam percorrendo o meu rosto e decidi que não queria mais controlá-las. Ele olhou para o chão se desligando do meu olhar, deu um passo a frente, levou uma das mãos ao meu rosto , secou as lágrimas, e acariciou meu ombro na tentativa de me confortar. -"Você quer entrar?" ele perguntou. Acenei com a cabeça. Ele abriu a porta do apartamento localizado em uma rua silenciosa e bastante arborizada perto do centro da cidade, largou as chaves em cima da mesa, pendurou seu casaco e se direcionou ao quarto. Permaneci parada no centro da sala, observando as estantes cheias de livros, miniaturas de carros antigos e fotos de fins de semana em meio a natureza, em volta de uma fogueira, com seu violão em uma mão e um copo vermelho em outra. Quando percebi ele estava na porta do quarto me observando, chamou meu nome, então fui em sua direção, ele pegou minha mão e me puxou lentamente para dentro do quarto pouco iluminado. Foi em direção as minhas costas, -"Você deveria tirar esse casaco" e retirou o meu casaco. Afastou meus cabelos e beijou meu pescoço enquanto segurava minha cintura com uma das mãos e a outra começava a se amaranhar entre os meus cabelos. Me virei em direção a ele e nos beijamos de forma lenta porém calorosa. Não sabia o que se passava pela cabeça dele, mas naquele momento simplesmente não importava o que aconteceria depois , se aquele momento seria o começo ou o fim de algo. Deitamos na cama, sua respiração estava ofegante, ele passava as mãos entre os meus cabelos, acariciava meu rosto até chegar ao meu corpo, ele queria aquilo tanto quanto eu. Tirei as roupas dele, e lentamente ele tirou as minhas, então ele preencheu a minha alma, me preencheu, a noite mais prazerosa da minha vida.